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24/06/2014

Perdoa o drama


Na pele ainda sinto o gosto do seu beijo. Frescor e suavidade que orvalho algum poderia causar. A pele arde em chamas sem você ao menos ver, e até se eu falasse, você não iria acreditar. Mas meu bem, você ficou em mim feito tatuagem; que gruda, colore e invade. A pele possui sua impressão digital. Não sei se faz por bem ou mal, meu bem. E, se você não vem, é difícil admitir, mas o coração se sente meio de lado, sei lá. É como se houvesse mil estrelas por aqui, mas nenhuma delas eu conseguisse enxergar. O céu se põe em prantos, receio até comentar, mas as nuvens que eram espessas, começaram a aglomerar. Vai ver elas sentem tudo aquilo que eu senti: sozinha no meu canto, mas acolá, acolá.

Então, toma jeito e não mais deixai lembranças, que daqui de onde estou é difícil segurar. Enquanto vai embora, mesmo que por pouco tempo, leva contigo tudo aquilo que te remete. E perdoa o drama. Nessa trama subo ao palco e descolo um improviso, pois enredo a gente não possui. Mesmo que teu ponto de partida coincida com o de chegada, a saudade vem bater. A minha porta espera sempre por você, diferente de mim, que não irei confessar. E, caso isso tudo fosse a ti se encaminhar, mesmo assim, você não iria acreditar.

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